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terça-feira, 18 de março de 2014

MANIFESTO EM VERMELHO - MINHA VISÃO SBRE O PARTO NOS DIAS DE HOJE



       Porém no mundo de insegurança e obrigações demasiadas em que vivemos, a mulher...
                   Decorrendo uma gestação sem riscos reais, suponha-se que o desfecho óbvio da mesma seja naturalmente um parto, certo?                                      
                  Porem no mundo de insegurança e obrigações demasiadas em que vivemos, a mulher teve de deixar de lado seus instintos de fêmea para assim poder se tornar mais igualada aos homens financeira e profissionalmente, devido a todo um contexto da atual necessidade humana no mundo dito moderno.
Sendo assim a mulher contemporânea passou a tomar (muitas vezes só) a frente da família, educando e mantendo de todas as formas a prole.


                  Vejo que ao longo dos tempos o parto vem sendo inutilizado por não se mostrar tão rápido e pratico para todos os envolvidos, principalmente para o Dr. Apressado.
 
                  Vendo por esse ângulo institucional, marcar uma data prévia para a retirada do bebê pode até parecer a melhor opção, em questão de organização e previsibilidade, fugindo assim das eventualidades e desconfortos vividos no fim da gestação e do parto.

                                    Ter de esperar 42 semanas para ter o filho tão esperado nos braços, entrar em trabalho de parto a qualquer momento e ser pega de surpresa, sentir todo o processo natural de dilatação e por fim a expulsão do bebê pela vagina (Que convenhamos foi feita pra isso...rs) acaba soando a muitas como antiquado e animalesco.

                    Sem lhes ocorrer que tudo isso é como deve ser, ou serão essas naturalidades tão ruins assim?


              Será o Criador imperfeito a ponto de nos ter feito incapazes de realizar o papel no qual Ele nos destinou?

 
                    Não Creio! Enquanto imagem e semelhança de meus pais, eu também sou naturalmente perfeita).

                   Com a Globalização o parto deixou de ser uma fisiologia e um patrimônio especifico de mulheres, para se tornar um evento médico dominado e friamente calculado por um certo Dr. Apressado, que com seu relógio de pulso e seus pensamentos convictos e céticos quanto a evolução natural de um parto, quer de todas as formas fazer com que aquilo acabe logo...Para o bem da mulher e do Bebê?! Ou para o bem dele próprio?
                                  

                   E me desculpem, mas médico como esses só existem por que mulheres que partilham desse pensamento dão total apoio a eles...E acham, ou acreditam cegamente neles, se sentindo incapazes de dar a Luz a seus filhos...
                  

                  E através daquela velha história de falsas justificativas foram acabando com nosso poder de parir as crias, legando a eles, Doutores Que Estudaram Para Isso, nosso corpo e nosso papel mais sagrado.

                  E como se não fosse o suficiente, basta ficar grávida que outra fonte de medo irá fazer parte de sua rotina.

                 Aquelas histórias trágicas  (Pois é claro que os partos belos nunca serão contados...rsrs)  de partos malsucedidos, complicados, sofridos, que aconteciam vezes por uma complicação fisiológica ou até por uma má assistência na solução da mesma, eram usados para nos convencer de que vamos certamente morrer de parto.
Isso bastou parar epidemia da cesariana eletiva ser vendida como uma forma de não sofrimento e até morte.

                 Volto a repetir, NÃO SOU CONTRA A CESARIANA BEM INDICADA, sendo que nesses casos, só nesses casos ela é muito bem vista, como uma forma de salvar vidas que precisam ser salvas...ponto.

                 E foi assim, que de mãe pra filha que essas histórias (uso história com H pois falo de passado real.) foram nos assombrando, nos podando, acabando com nosso poder feminino e com o domínio de nosso corpo e sexo.
Atenuando ainda mais o medo e a insegurança natural que rondam nosso pensamentos quanto ao desconhecido parto e todas as suas misteriosas sensações.

                O grande problema da disseminação desses "causos" mórbidos sobre partos trágicos, é que para as mulheres mais inseguras, que foram educadas a acreditar que seus corpos são imaculados ao toque sexual, que seus sangue mensais são nojentos e que sua vagina não passará um bebê nunca, acreditam e passam a ter um total pavor de parto.

                Sentem uma verdadeira fobia ao se imaginarem suadas, meladas de fluidos e nuas a gemer loucamente de uma "dor" até então desconhecida, que para elas irá rasgá-la por dentro e por fora, acabando ao final com sua intimidade na passagem de um ser humano por um lugar que elas acreditam ser desproporcional.

                Enquanto para outras mulheres essas histórias não causam nenhum terror, pois sabem e sentem que seus corpos, suas mentes e suas almas estão prontas a se partir e parir suas crias como deve ser.
Elas não são melhores que as que sentem pavor, são apenas seguras em relação a sua fisiologia feminina.

                Essa diferença entre elas, é o fato de que as escolheram; esperar o parto, estarão seguras para cumprir com resignação essa obra maravilhosa de trazer a luz no tempo certo seu filho. Confiando na providência de um mecanismo perfeito...Que eu tomo a liberdade de chamar de Todo...

                Essas mulheres que quebraram a barreira do medo, sabem que a passagem do filho por suas vaginas não é meramente uma opção, e sim um grande rito de passagem, uma celebração mística e espiritual necessária para ambos, mãe e filho unidos de corpo e alma num mesmo propósito...O Nascimento e Renascimento.
Juntos, celebrando o fim de uma jornada para se iniciar outra ainda maior e tão bela quanto.

                Para essas mulheres, o grande gozo da vida estará garantido...Eu ainda não vivi nenhum tão espiritual.

               Talvez esteja pensando: "Mas que mulher mais arrogante essa." Por isso eu te digo de coração verdadeiro...
O que me intriga não é só o fato de uma mulher em perfeita condição preferir que abram seu corpo para a retirada prematura de seu filho do aconchego do seu ventre.

               É principalmente saber da amplitude dessa castração do Dom   (não vejo outro nome...rs), vendo que apesar de as mulheres modernas terem se emancipado de seus "senhores", podendo votar, trabalhar e planejar sua família, lutando fortemente dia a dia para continuar evoluindo e prosperando.
              Ainda assim se acorrentam por opção, se colocando no papel de sexo frágil novamente, necessitando de mil apetrechos e aparatos, manobras e medicamentos para forçar e manipular uma situação que por si só acontecerá mais cedo ou mais tarde...Sempre no tempo certo de acontecer...

             Acho triste ver essas mulheres fortes e decididas, que lutam e conquistam seus objetivos pessoais, se enganando ou sendo enganadas para que permitam que seus corpos e filhos sejam tão brutalmente agredidos.

             Essa passagem pelo parto e pela vagina não é pra gritarmos orgulhosas ao mundo que parimos, é sim de suma importância para ambos, pelo simples fato de que é necessário (AO MEU VER) passar por todo esse processo de angústia e superação de seus próprios limites, se expondo ao maravilhoso turbilhão de hormônios naturais que irão garantir ao bebê um pulmão devidamente saudável e um começo de vida tranquilo sendo recepcionado pelo aconchego do colo de sua mamãe...sentindo seu cheiro e beijos.

              O que irá garantir também a nova mamãe uma descida de leite mais tranquila e prazerosa, ajudando no inicio da relação mãe e filho igualmente bela, evitando e muito uma possível depressão pós-parto ou baby blues.

              E no fim dessa 1° viajem que é o parto, poder enfim vislumbrar a grandeza da obra Divina em constante evolução,  e ao mesmo tempo tão belamente primitiva e instintiva, de um ser pleno e totalmente capaz de obra igualmente sublime e grandiosa que é gestar uma vida nova, parir e manter viva através de si...

             Penso (Eu comigo mesma...rs) que a mulher que não passa por esse processo de vivenciar plenamente a gestação e o parto, poderá se sentir confusa, insegura e desamparada, afinal o parto tem uma funcionalidade,  que é proporcionar um aprendizado imediato e instintivo de reconhecimento da cria e vice-versa...
O que obviamente trará a mãe uma segurança física e emocional maior no desempenho de sua nova função.

            É fato que uma mulher que se preparou durante a gestação, tanto para o parto quanto para a "maternagem", terá possibilidade e bastante confiança em amparar seu recém nascido desde o primeiro segundo de vida.
Se sentirá apta em amamentar, manusear, cuidar, acalentar e até entender seu filhote em amplos sentidos.

            Por consequência óbvia, a mulher que pariu (seja natural, normal, em hospital, em casa de parto, em domicilio, com ou sem dor.) estará fisicamente disponível para atender seu bebê que acabou de nascer.
Ouvirá seus instintos com mais facilidade, sem tantas limitações no pós-parto, sabendo se manter mais tranquila mesmo em meio as crises de adaptação de seu pequeno ou até dela mesma...rs

             Essa mulher que quis de coração conquistar seu parto, tentou de todas as formas, e mesmo as que por algum motivo não conseguia terminar o parto via vaginal, foram transformadas e fortalecidas por ele.

             Isso nunca irá dizer que somos melhores que as mães que não pariram seus filhos por opção, não é isso...
Somos igualmente mães de nossos amados filhos, desde o ventre até a eternidade...Então penso comigo.

            Por que então não proporcionar o melhor a ele desde o começo? Deixando ele escolher o tempo de nascer.

                                                               Escrito por: Julia Luah mãe de Zion e Eloah.


ARQUIVO/POSTAGEM: PROFESSOR/PESQUISADOR: NONNATO RIBEIRO
Material/Postagem: Blog. www (REDE MUNDIAL)

Um comentário:

  1. Gratidão por essa leitura. Que a nossa fortaleza se evidencie casa vez mais nesse portal da vida!

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