ALGUMAS HISTÓRIAS DE PARTEIRAS....

         ESSAS SÃO PARTEIRAS DO II ENCONTRO INTERNACIONAL/CETA ECOTEL

          Parteiras repercutem encontro que marca o resgate e a valorização do segmento

Da Redação
Agência Amapá

LEONICE NEVES DE BRITO/PARTEIRA TRADICIONAL DE MACAPÁ

                    Ainda repercute positivamente o sucesso do II Encontro Internacional das Parteiras Tradicionais do Amapá, ocorrido nos dias 25 e 26 deste mês, no Ceta Ecotel, em Macapá. O evento reuniu mais de 400 pessoas, as maiorias parteiras, e contou com a presença de representantes do Ministério da Saúde (MS), governo do Estado e da sociedade civil. As principais personagens do encontro foram unânimes em afirmar que o momento simbolizou o resgate e a valorização de um segmento que ficou quase uma década esquecido.
                                             MARIA LUIZA – PRESIDENTE DA REDE ESTADUAL DAS PARTEIRAS/REPARTA

                                A parteira Maria Luiza Dias, 55 anos, que parteja desde os 19 anos e em suas contas já fez 260 partos, foi incisiva em afirmar que durante os oito anos do governo anterior, as parteiras ficaram renegadas a própria sorte. "Esse momento foi histórico. Estamos todas muito felizes pelo olhar que o atual governo do Estado tem dispensado para nós, parteiras tradicionais". Desde 1995, Maria Luiza preside a Rede Estadual das Parteiras do Amapá (Reparta). À época o fortalecimento da rede de parteiras em todo o Estado recebeu incentivo do ex-governador João Alberto Capiberibe.

ZULEIDE MARIA DOS SANTOS/PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DAS PARTEIRAS DO MUNICÍPIO DE SERRA DO NAVIO

Segundo a parteira Zuleide Maria dos Santos Gomes, 55 anos, que preside a Associação de Parteiras de Serra do Navio desde 2002, o encontro ressuscitou um sonho que havia morrido nos últimos anos, que passa justamente pelo incentivo, qualificação e valorização destas profissionais do parto. Entretanto. Para Maria Francisca Alves Pereira, 68 anos e que desde os 35 anos de idade realizou partos normais, o encontro foi decisivo para reacender o entusiasmo dessas centenas de mulheres parteiras espalhadas pelo Estado. Maria Francisca, que prefere ser chamada de parteira curiosa, já fez cerca de 120 partos, a maioria deles em Mazagão Velho.
                        Na opinião da parteira Maria Neuza Barbosa, 50 anos, que começou a partejar com 11 anos, o encontro trouxe de volta a oportunidade de mostrar para o Estado e para o resto do país um legado bonito e cheio de belas histórias contadas por cada parteira tradicional. A mesma opinião foi divida pela parteira Leonice Neves de Brito, 68 anos, que iniciou a profissão com 17 anos. Ela diz que até perdeu a conta da quantidade de recém-nascidos que ajudou na hora do nascimento.
           

          Mãe e filha de uma “GERAÇÃO” a outra no município de Oiapoque, no Norte do Estado do Amapá, tendo o compromisso com as mulheres do PARTEJAR, sejam elas índias e não índias.

JANE MILLER BORDALO/PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DAS PARTEIRAS DO MUNICÍPIO DE OIAPOQUE

 

                                             MARIA TEREZA DE SOUZA BORDALO/PARTEIRA TRADICIONAL DO ESTADO DO PARÁ/SANTARÉM-ALENQUER

                   Para a parteira Maria Tereza de Souza Bordalo, 63 anos, com o encontro o governo do Estado trouxe a tona uma bela história que havia sido esquecida. Ela relembrou que em 1995, foi uma das parteiras que iniciou junto com o poder público estadual as primeiras discussões acerca do fortalecimento e reconhecimento da profissão de parteiras. Maria Tereza Bordalo presidiu a Associação de Parteiras de Oiapoque, mas já passou a bola para a filha, que também é parteira, Jane Miller Bordalo, 36 anos. Hoje, a Associação de Parteiras de Oiapoque reúne 182 parteiras, a maioria delas atua nas áreas indígenas, ribeirinhas, Cassipóré e BR-156.

Edy Wilson Silva/Sesa
28/05/2012 17h08 - Atualizado em 28/05/2012 17h08min
ARQUIVO: POSTAGEM/PROFESSO-PESQUISADOR: NONNATO RIBEIRO